Por g1

A CPI mista dos Atos Golpistas de 8 de janeiro pode ser criada ainda nesta semana. Uma sessão para a abertura da comissão foi convocada para esta quarta-feira (26) no Congresso, uma semana após o general Gonçalves Dias pedir demissão do cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Dias deixou o cargo após a divulgação de imagens em que aparece no Palácio do Planalto durante as invasões golpistas promovidas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em depoimento à PF, o general Gonçalves Dias, que foi responsável pela segurança de Lula nos dois mandatos anteriores, negou qualquer envolvimento nos atos de 8 de janeiro.

Para parte da ala governista no Congresso, a preocupação era de que a instalação de uma CPI fosse usada para acusar o governo Lula de envolvimento nos atos golpistas. Mas o vice-líder do governo no Congresso, Lindhberg Farias, defende que o inquérito será “um tiro no pé dos bolsonaristas”.

“Nós vamos atrás da autoria intelectual, vamos atrás dos financiadores e, para mim, vai ter parlamentares caçados”, afirma Lindhberg.

Para ele, o primeiro a ser convocado deve ser o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que está preso em razão de indícios de omissão nos atos de vandalismo contra os Três Poderes.

“Acho que ele é um elo que pode ligar (os atos) a Jair Bolsonaro. Bolsonaro vai depor na quarta-feira à Polícia Federal. Quem sabe essa CPI também chama o ex-presidente?”, diz Farias.

“É claro que a gente sabe que houve colaboração de setores de militares, de gente que estava no GSI…A CPI vai pegar tudo, até os atos preparatórios do 8 de janeiro.”

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