Ser o filho ilustre de um lugar é, paradoxalmente, tornar-se um pouco aquele lugar, numa conexão indissociável.
Assim aconteceu com Manoel Arão e Afogados da Ingazeira, pois hoje Afogados pode dizer com orgulho que é a terra de Manoel Arão.
E mais orgulho me traz, de forma íntima e pessoal, o fato de Manoel Arão ter alcançado honras e reconhecimento em vida por ser um artesão das palavras. Um escritor. Um irmão poeta.

Mas, mais que isso, Manoel Arão de Oliveira Campos foi também advogado, com formação pela Faculdade de Direito de Recife, onde se descobriu ativista cultural ainda em fins do século XIX, e participou ativamente da produção literária da cidade de Recife. Atuou como jornalista do Diário de Pernambuco, além de fundador, colaborador e diretor de diversos periódicos locais. E tal qual um homem renascentista, seus múltiplos interesses o levaram a associar-se ao Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico de Pernambuco (IAHG-PE)
Além dessas ocupações, foi reconhecidamente um exímio orador, e foi eleito para o cargo de Presidente da Academia Pernambucana de Letras.

Manoel Arão foi um homem de letras e de grande Cultura, na verdadeira acepção do termo. Um servo e senhor da literatura.
Sendo muito conhecido por ter escrito a letra do Hino da Cidade de Recife, ele alcançou destaque nacional em todas as áreas que atuou.

Um homem à frente de seu tempo, um verdadeiro vanguardista, amante da cultura e das letras.

Afogados da Ingazeira orgulha-se hoje, através dessa homenagem que ora prestamos, de ter sido o berço de Manoel Arão.
E desejamos pessoalmente que sua trajetória de vida e sua vasta e importante obra no campo da cultura e da literatura sirvam de espelho e bússola norteadora para a nossa juventude atual.
Pois, através do fortalecimento da Cultura e de nossa pajeuzeira vocação natural para o poético caminharemos como povo e como sociedade em direção a um futuro (parafraseando Manoel Arão) “tecido de claridade, que irradia nova luz para o céu do Brasil”.

A escultura é arte do nosso Ed’Eck José

Na noite de ontem também tive a honra e o prazer de receber a medalha Frei Caneca das mãos do grão mestre Flávio da grande loja maçônica de Pernambuco.

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