O pescoço de galinha foi comprado para indígenas da etnia Mura e funcionários da Funai numa missão em Manicoré, na floresta amazônica.
Em contato com a empresa responsável pela venda das carnes, o empresário disse que “tudo foi entregue conforme as notas fiscais emitidas e os preços levantados pela Funai”, mas afirmou que não vendia pescoço de galinha.
“Carne de pescoço? Não existe isso aqui. Eu sei que é uma carne ruim demais. Só pode ter sido um erro das notas de pagamento,”, disse o dono ao ser questionado sobre a explicação para ter vendido o alimento por R$ 260 o quilo.
Alimentos que nunca foram distribuídos
A coordenação regional da antiga Fundação Nacional do Índio (Funai) – atualmente Fundação Nacional dos Povos Indígenas -, no Rio de Madeira, na Amazônia, comprou também mais de uma tonelada alcatra, latas de presunto, charque, maminha e coxão duro que nunca foram distribuídas entre as famílias das aldeias, na época da pandemia da COVID-19.
Ao receberem as cestas básicas, os indígenas só encontraram arroz, feijão, macarrão, farinha de milho, leite e açúcar.
A empresa Loja do Crente Rei da Glória era a responsável por entregar as cestas. O empresário do estabelecimento não respondeu à reportagem.

0 comentário